A Organização Mundial de Saúde (OMS) iniciou em 2019, a elaboração da sua Estratégia Global de Saúde Digital, com o objetivo de promover a saúde para todos, em todos os lugares. Uma característica muito significativa da proposta de Estratégia Global é que ela unifica, sob o termo Saúde Digital, todos os conceitos de aplicação das Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) em Saúde, incluindo e-Saúde, Telemedicina, Telessaúde e Saúde Móvel. Além de reduzir a fragmentação das aplicações da tecnologia em saúde, a Saúde Digital amplia o seu entendimento, caracterizando-a como área de conhecimento e prática, e absorve os conceitos da utilização avançada da tecnologia, incluindo o uso de dispositivos pessoais e de tecnologias emergentes.

 

A saúde digital permite o monitoramento remoto de condições médicas e o gerenciamento de condições crônicas. Com dispositivos vestíveis, sensores e aplicativos, os pacientes podem monitorar seus sinais vitais, atividades físicas e outros parâmetros de saúde em tempo real. Isso permite acompanhamento da saúde, a detecção precoce de problemas e uma resposta mais rápida em situações de emergências em saúde.

 

A saúde digital facilita o acesso aos cuidados de saúde, especialmente para pessoas que vivem em áreas remotas ou com recursos limitados. A saúde digital pode fornecer uma quantidade significativa de dados de saúde, que podem ser coletados, analisados e usados para tomada de decisões informadas. Os profissionais de saúde podem acessar informações atualizadas sobre o histórico dos pacientes, resultados de exames, terapias em curso e outras informações relevantes. Isso ajuda a melhorar a precisão do diagnóstico. Dessa forma, essa estratégia de cuidado à saúde pode ter um papel importante para desenvolver a abordagem biopsicossocial de cuidados, promovendo o monitoramento contínuo, o acesso conveniente aos serviços de saúde, o engajamento do paciente e a tomada de decisões baseada em dados. Ela tem o potencial de transformar a maneira como os cuidados de saúde são entregues e experimentados, levando a melhores resultados de saúde e bem-estar para indivíduos e comunidades.

 

Pelo exposto, este projeto tem por objetivos investigar a viabilidade, segurança, taxa de recrutamento e adesão aos protocolos de intervenção na Estação de Telessaúde implantada no campus Ceilândia da Universidade de Brasília. Analisaremos as taxas de eventos adversos e potenciais resultados positivos relacionados aos atendimentos usando diferentes práticas integrativas e complementares.

Esperamos desenvolver e capacitar recursos humanos na área de Telessaúde e Saúde Digital, realizar um ambiente de demonstração (prova de conceito) com o intuito de ampliar a rede de Estações de Telessaúde em nível nacional e realizar estudos de avaliação e viabilidade dos atendimentos e intervenções em saúde digital.

 

Palavras-chave: Bem-estar, Saúde digital, Lian Gong, Práticas Integrativas e Complementares, Qualidade de vida, modelo biopsicossocial.